Caros Colegas
Uma das imagens de marca da nossa Região é a segurança. São raros os casos de crimes graves, assaltos à mão armada ou outros delitos violentos. Todavia, por causa do flagelo da droga, os pequenos assaltos, ameaças e outros crimes que a Lei classifica de menos graves, estão a aumentar.
Penso que a maioria de nós compreende este aumento da pequena criminalidade, é, no final de contas, uma das consequências das sociedades modernas. Nesta medida, todos nós agimos de acordo com a situação, temos um cuidado redobrado ao passar em certas zonas do Funchal, evitamos outras tantas e quando estamos com os amigos pelo menos um está atento às pessoas estranhas ao grupo.
Todavia, dentro da Universidade, a história muda um pouco: deixamos os portáteis nas mesas das salas enquanto vamos ao bar, existe alguma confiança nas pessoas que estão ao nosso lado e supõe-se que existe alguma segurança com as novas regras impostas pela Reitoria (para quem não sabe, os alunos têm de se identificar à noite e aos fins-de-semana, as salas são de acesso restrito, laboratórios idem, etc.). A meu ver estas regras têm razão de existir, constituem uma medida para evitar que a pequena criminalidade chegue à nossa instituição de ensino.
O problema é que essa pequena criminalidade chegou e veio para ficar. Foram várias as notícias sobre portáteis e projectores furtados, material desaparecido entre outras queixas. Devido a estes acontecimentos com alguma dimensão, as salas foram fechadas e o material é de acesso restrito. Os furtos, esses, continuam: os alvos são agora os próprios alunos.
Durante o fim-de-semana, alguém forçou o cadeado do cacifo alugado à AAUMa e furtou o material escolar que este continha. Não se trata de um portátil ou material de grande valor (aliás, coisa que se evita ao máximo): foram livros e cadernos de apontamentos que (aparentemente) não terão valor monetário. Quem o fez foi com maldade.
Após participação junto da Associação Académica, soube que foram já três os casos semelhantes nestes dias e que provavelmente não serão os últimos. Faltam câmaras de vigilância nos corredores, mas nem a AAUMa (entidade a quem os alunos alugam – e pagam – os cacifos) nem a Reitoria assumem a responsabilidade. Compreendo que não assumam a responsabilidade sobre os conteúdos dos cacifos, mas alguém é responsável pela segurança dos mesmos.
Devido à natureza do conteúdo – um dos livros pertence à Biblioteca da UMa – fiz a respectiva participação na PSP e espero não ter de o pagar. O que faz realmente falta são os cadernos com exercícios e apontamentos necessários à realização das frequências desta semana. Se algum aluno já teve de estudar com apontamentos emprestados, sabe a dificuldade acrescida que isso implica. Os cadernos podem não ter valor monetário, mas são importantes para quem neles escreve.
De qualquer das formas, se alguém tentar “vender” os seguintes itens, agradeço que entre em contacto comigo.
- Livro “Introdução à probabilidade e Estatística” de Dinis Duarte Pestana e Sílvio Filipe Velosa – propriedade da Biblioteca da UMa;
- Livro “Breve História no Tempo” de Stephen Hawking ;
- Livro “O Universo Elegante” de Brian Greene;
- Caderno A4 com apontamentos de Ciências Experimentais (caderno de laboratório);
- Caderno A4 com apontamentos de Probabilidades e Estatística;
- Livro “Formulário de Matemática” – aqueles pequeninos amarelos, desconheço o autor.
Se me permitem o “desabafo”, o material que lá estava não tem qualquer valor comercial, chateia-me pensar que foi apenas para o “gozo”!