Materiais e processos de construção

Materiais e processos de construção

por Sérgio Lobato -
Número de respostas: 13
Parece que o carnaval chegou à UMa mais cedo do que o previsto?
Porque neste semestre acho que tão a querer fazer de nós palhaços.
Nem sei por onde começar com tanta frustração...
Comecemos pelos horários fantásticos que me obrigam a esperar 5h à terça para ter uma aula, mais 5h na quarta e na quinta pra terminar em grande espero 6h.
Nem toda a gente vive a 10 minutos da universidade, para poder ir descansar,almoçar ou outra coisa qualquer.
E como se isso não bastasse é FANTÁSTICO esperar todo esse tempo e só se lembrarem de avisar que não há aula meia hora antes e é na net... Não bastava ter que estar tanto tempo à espera, como também tenho que estar colado ao pc à espera de noticias. Hoje eu e mais alguns colegas fomos ao DME perguntar se havia aula e foi nos dito que ia haver aula.
E agora pergunto novamente... Acham que sou palhaço??? Tive 5h na UMa pra ter uma aula que não existiu, e aqueles que deixaram o trabalho pra ir até à universidade ter essa aula???
Gostava que os problemas fossem resolvidos sem terem que ser falados por fora, mas para isso lembrem-se que quem paga também há de ter algum direito, se não tiver direito a horários decentes e humanos, ao menos que tenhamos direito à informação minima.
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Re: Materiais e processos de construção

por Tony Andrade -

Muito bem...e andamos nós a pagar propina máxima para andar nesta vida!!!

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Re: Materiais e processos de construção

por Joao Paulo Santos -

Boa noite,

A questão dos horarios é uma luta inglória, basta pesquisar tópicos anteriores e irás verificar que todos os anos acontece o mesmo.

Por exemplo, tenho conhecimento que nos cursos do DME existem alunos suficientes para criar uma turma com um horario compatival com o estatuto trabalhador-estudante.

Deixo uma sugestão, em vez de andarmos a pedir para elaborarem um horario que ajude os alunos, podemos definir um horario e apresentar ao DME.

João Paulo Santos

(trabalhador-estudante)

:)

Obs;

 3 dias por semana a almoçar aulas e outros três o mesmo ao pequeno almoço... (ainda bem que ando a fazer dieta)

:)

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Re: Materiais e processos de construção

por Maria Graça Paulo Martins -

Esse é o nosso eterno problema - mesmo tendo direitos na entidade patronal as horas que nos são cedidas nunca são suficientes para irmos a todas as aulas!!! Um horario nãi digamos pós laboral mas quase - aprtir das 17 horas já ajudava muito mas nunca a meio da manhã ou a meio da tarde...

Saudações académicas e espera de melhores "horários"

GPaulo

trabalhadora-estudante

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Re: Materiais e processos de construção

por Eduardo Fermé -

Caro alunos, (disculpem error de porugues)

Normalmente não respondo messagens onde a educação e o respeito necessario pecam por ausencia. Porém, como o assunto dos horarios normalmente é um assunto sensivel a toda a comunidade universitaria vou responder-lhe simplesmente que a distribuição de horarios é um problema complexo largamente estudado em investigação operacional para o qual não existem soluções satisfactorias. Como exemplo pode ver nos artigos que anexo que propoem soluções, porém nenhuma definitiva.

Relativo a não ter havido aulas pode ter sido simplesmente um erro de comunicação que pode acontecer tomando em consideração que tem um departamento com 120 disciplinas a coordenar. Mesmo assim, a informação oficial foi suministrada por mim no passado dia 8 e pelo Sr. Nelson ontem na secção noticias do Moodle.

Saudações Académicas,

Eduardo Fermé

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Re: Materiais e processos de construção

por dario fernandes -

Falta de respeito é o que mais existe em relação aos alunos, se esta Uma fosse na grécia nem sei... 

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Re: Materiais e processos de construção

por Joao Paulo Santos -

Boa tarde,

Concordo que seja impossivel elaborar horarios do agrado de todos e que seja uma tarefa dificil.

Como ignoro os critérios utilizados para a elaboração dos horários, apenas posso elaborar um juizo com a informação que disponho e por experiências anteriores sobre este tema.

No ano transacto coloquei no moodle um tópico sobre os horarios do 2ª semestre, enviei e-mails à AAUMA, docentes e responsaveis do DME e em resumo  o que obtive foi;

A minha critica sobre os horarios não poderia ser tomada em consideração nesse semestre, por não existir tempo útil que permitisse elaborar novos horarios.

Tendo obtido a resposta anterior, é expectavel que este ano houvesse melhorias. Julgo que o juizo que fiz não é imcompativel com os dados que disponho.

Quanto à minha sugestão e não me sentido obrigado a tal, porque julgo que era explicita, vou explicar o objectivo da mesma;

Apenas estou a sugerir aos alunos de DME que estão com dificuldades a assistir às aulas por motivos laborais, que poderiamos criar uma turma com um horario compativel ao nosso estatuto. Após a definição do horario entregariamos o mesmo ao DME para decidir a sua aplicabilidade.

João Paulo Santos

:)  (trabalhador-estudante)  :)

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Re: Materiais e processos de construção

por Gil Teixeira -
Boas,

Caro colega desejo-te toda a sorte do mundo em relação a isso. Não me parece que seja uma má iniciativa...mas acho que qualquer esforço será infrutífero.

Estranho não ver ninguém preocupado com o verdadeiro problema da situação...
A questão dos horários será sempre discutida e provavelmente nunca será encontrado um consenso geral.

Agora a questão é: Será que ninguém acha estranho começarmos em aulas dia 25 nas melhores das hipóteses??? Isto sim é um problema...
Vamos ver como será a avaliação e se serão mais uma vez os alunos os prejudicados pelo tardio começo das aulas. Fala-se em aulas de reposição...mas tendo em conta o horário não me parece que o prof. (que ainda não sabemos quem é) tenha disponibilidade para muitas aulas de reposição. Espero que não seja aos sábados mixed

Comprimentos

Gil Teixeira
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Re: Materiais e processos de construção

por Sérgio Lobato -

Pois falar de falta de educação e respeito é fácil...

Peço desculpa se fui demasiado "arrogante", mas digo desde já que se não tivesse passado desde as 12:30 ate às 17:30 à espera desta aula, juntamente com alguns colegas, provavelmente teria tido mais calma e paciencia para ser formal ou correcto, aliás nem teria dito nada, porque com os horarios já sabemos que pouco ou nada podemos fazer, mas quando esperamos, que ao menos seja para alguma coisa.

Sei que há muitas disciplinas em que é dificil conciliar os horarios, mas no nosso caso, será que não há maneira de mudar uma das aulas de materiais e processos de construção  da terça ou da quarta, para a quinta feira á mesma hora? ou mecanica de solos para a terça ou quarta em vez de ser na quinta? Mas é apenas uma sugestão... Quem sou eu pra pedir o que quer que seja?

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Re: Materiais e processos de construção

por A. Sousa Catanho -
Colega,

Não peças desculpa, porque assim estás a admitir algo que não fizeste. Estamos todos a falar de igual para igual e ninguém foi mal educado ou faltou ao respeito a quem quer que fosse!
Quem se sente desrespeitado ou alvo de falta de educação neste tema, tem uma incansável sede de razão, a qual muito dificilmente irá alcançar devido à sua desonestidade. Simplesmente o faz para desviar a verdadeira essência deste e de qualquer outro tema.

Força.
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Re: Materiais e processos de construção

por Eduardo Fermé -

Caro Sérgio, (e alunos),

Vou responder-lhe novamente, para que não fiquem dúvidas. O Sérgio diz

“ Quem sou eu pra pedir o que quer que seja?”

O Sérgio é o nosso aluno e tem todo o direito a reclamar quando ache que coisas não funcionam como deveriam.

Os alunos tem todo o direito a reclamar, de facto uma das razoes pelas quais temos o Moodle a vossa disposição e exactamente tomar conta dos temas que vos interessam. Se não tivéssemos interesse em resolver os vossos problemas, directamente poderíamos fechar o Moodle ou ignorar o que nele se escreve e ponto. Simplesmente existem diferentes formas de fazer uma reclamação e acho que o respeito é uma condição.

Acusações do tipo “ incansável sede de razão, a qual muito dificilmente irá alcançar devido à sua desonestidade” acabam simplesmente provocando desanimo na nossa vontade de resolver os problemas.

Pode consultar aos seus representantes se a atitude do DME tem sido alguma vez de desonestidade (como sugere o colega seu) ou de ouvidos surdos. Pelo contrario, ao longo do tempo temos feito questão de defender os vossos direitos.

Relativo a disciplina em questão, 15 dias antes de ter inicio as aulas foi informado pelo então Prof. da disciplina "Materiais e processos de construção" que não iria leccionar a mesma.

Pode assumir que arranjar um docente substituto em 15 dias não é uma tarefa fácil, sem contar que, uma vez encontrado o candidato, o mesmo deve ser aprovado pela comissão científica, posteriormente pelo Sr. Reitor, apôs ouvido o Conselho Administrativo é finalmente, assinar o contrato com o sector de Vencimentos e Carreiras. O facto do Sérgio ter esperado 5 horas, foi, como referi, um erro de comunicação. Da nossa parte não demos informação oficial sobre o inicio das aulas da disciplina.

A missão do DME é formar alunos. Porem, temos algumas considerações que o e geral o alunado desconhece, mas que fazem parte do nosso dia a dia:

a. O DME funciona com o 68% dos docentes que deveriam estar a leccionar(85% do ETI padrão, e desse 85%, 20% está em dispensa de serviço). Isto significa um esforço adicional por parte de todos os docentes que leccionam disciplinas no nosso departamento.  Isto impede, por exemplo, abrir turmas em diferentes horários para satisfazer as necessidades ou desejos de todos os alunos. Universidades de outra dimensão, como a de Lisboa ou a do Porto tem recursos para isto, nos não.

b. Temos 3 funcionários para atender as necessidades do 30% dos alunos e docentes da Universidade, dos quais 1 está com dispensa de maternidade. Afortunadamente temos tido o apoio do Departamento de Física que disponibilizou uma funcionaria 3 meios dias para ajudar-nos. Porém a sobrecarga de trabalho é muito grande.

c. Os tempos da Universidade não são os tempos das nossas casas. Por exemplo, o simples facto de substituir um projector quebrado (o qual também tem sido alvo de críticas) implica ter que procurar 3 fornecedores diferentes, pedir orçamentos, avaliá-los e justificar a escolha, fazer a nota de pedido, decidir que centro de custo vá suportar a despesa e requisitar ao Sector de Administração Financeira e Patrimonial. Este, pela sua parte, deve aprovar o pedido, emitir a ordem de compra, contactar o fornecedor, receber a mercadoria, remeter ao DME que finalmente deve conferir as condições de recepção e solicitar a instalação do mesmo. Se fosse na minha casa, ia ao Rádio Popular, comprava, levava a casa, pegava uma chave de fendas, mudava e pronto. Porém, aqui não é tão fácil.

Estendendo a minha resposta a outras reclamações, existe no imaginário de muitos alunos a ideia de “eles contra nós” ou “eu pago a propina máxima então todo deve ser perfeito”. Relativo ao primeiro, essa dicotomia não existe nos docentes. Sim existe um esforço do DME no seu conjunto em brindar as condições para os alunos poder desenvolver as suas carreiras. Esse esforço, normalmente invisível, consiste em manter uma oferta de cursos razoável, em tornar a oferta de cursos economicamente viável (fazendo que os diferentes cursos partilhem recursos humanos e materiais) , em criar parcerias com organismos ou outras universidades, em manter, dentro das nossas limitações económicas, as condições dos laboratórios, em assegurar a qualidade dos cursos e a sua evolução, etc., etc., etc. Relativo ao recorrente tema das propinas, a situação é simples. A UMa não é economicamente viável sem as propinas máximas. Pagarem as propinas máximas garante-vos ter uma universidade na Madeira, caso contrario, a alternativa seria nos fechar e os alunos ter que ir ao continente (mas sou aqueles que pudessem pagar as despesas da deslocação). Adicionalmente, a vossa propina representa o 20% do custo anual de cada aluno dentro da UMa. Isto significa que o 80% do custo dos vossos estudos é suportado pela sociedade portuguesa. O que quer dizer duas coisas, ao meu entender, fundamentais: a primeira é que, o nosso compromisso não é somente com o nosso alunado mas com a sociedade toda e a segunda, normalmente ignorada, que o nosso alunado está a ser financiado num 80% pela sociedade portuguesa o que significa que os vossos 20% de direitos são, na verdade, um 80% de obrigações.

Saudações Académicas,

Eduardo Fermé

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Re: Materiais e processos de construção

por Evandro Amaro -
Caro professor Eduardo Fermé,

Antes de mais gostaria de agradecer a sua constante disponibilidade para esclarecer questões pertinentes.

A minha intervenção vai apenas no sentido de dizer que os políticos e governantes responsáveis apregoam que a sociedade portuguesa contribui com 100% dos custos universitários e as propinas são complementares, existem para criar luxos extra para além do estrictamente necessário. Supostamente estes políticos estão lá para cumprir o seu dever e dizer a Verdade. É nesse sentido que existe contestação no tópico dos projectores e quaisquer outras faltas que existam na UMa. Mas toda a gente sabe que as universidades não nadam em dinheiro, especialmente a UMa. Conversas dessas são logo à partida do mais ridículo que pode existir.

A UMa tem graves problemas de financiamento e qualquer um que quiser colocar a mão na consciência imaginará o quão difícil é ter as coisas a funcionar todos os dias, especialmente quando há falta de recursos. Ainda bem que o salto tecnológico na burocracia tem sido enorme, o que permite poupar imenso tempo em filas de espera na secretaria, que independentemente da simpatia dos funcionários é um sítio que detesto (a simpatia geralmente existe excepto na época de inscrições pois eles ficam com os cabelos em pé nesse período). Mas se existem pessoas que cumprem o seu dever sem mácula, existem outros que possivelmente estão a mais, estão na função errada ou não estão devidamente motivadas. Tal como em todo o lado existem bons e maus profissionais. A queixa de alguém sobre os leitores da Revista Maria tem alguma razão de ser. Os alunos por vezes vêm pessoas vaguear pelo corredor com ar de quem acha as manhãs longas e as tardes compridas. É por demais óbvio que há pessoas que passam períodos consideráveis de tempo inactivas quando poderiam estar a ser pro-activas na prevenção ou resolução de pequenos problemas. Mas se calhar isto implica flexibilidade do trabalho e cria matéria para um qualquer sindicato convocar manifestações anti-exploração...

Quanto à demora da substituição do projector, imagino também que a burocracia ainda não pode ser alvo de um qualquer "choque tecnológico" e os passos que o professor descreveu demonstram claramente a máquina pesada do Estado a funcionar. Talvez se houvesse um sistema de help-desk para o registo de equipamentos avariados com seguimento do estado de resolução ao estilo de um RMA de um equipamento informático, as pessoas estariam menos irrequietas pois estaria à vista que é um processo em andamento. Mas como se tratam de processos tipo caixa negra em que não é visível esse andamento é natural que surjam este tipo de indignações.

Há que ser tolerante em ambos os lados. Se bem que normalmente tenha piada alguma ironia e faça chamar atenções mais rapidamente, normalmente acaba por gerar discursos injustos. Quanto ao DME, apenas espero que continuem o bom trabalho e que seja possível no futuro a informatização desses processos relacionados com a gestão de imobilizado. O infoalunos tem-se tornado ao longo dos anos uma grande ferramenta de relacionamento da UMa com os alunos. Não vejo outro caminho para a suplantação da falta de recursos humanos que não seja extender a mesma metodologia às restantes áreas de gestão.
Espero que com isso consigam ter receitas suficientes para criar horários mais condizentes com o estatuto trabalhador-estudante. A mim me darão um jeitão a partir do próximo ano, onde prevejo conseguir regressar às aulas.